Clube da Afrodite
Espaço destinado a falar da beleza natural, relacionamentos e sexualidade

A dualidade sexual de cada um...
"Freud já dizia: o id não tem sexo e, por isso, todo ser humano carrega características femininas e masculinas. Traduzindo para os dias atuais, todos teríamos aspectos bissexuais. E mais: os heterossexuais estariam muito mais próximos dos homossexuais do que parece e vice-versa.
Quando todas as formas de amar valem a pena O bissexual tem o seu alvo de desejo e paixão. Um alvo que ora pode ser uma pessoa do sexo feminino, ora do sexo masculino. Segundo Oswaldo Rodrigues (sexólogo Oswaldo Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade), o que caracteriza o bissexualismo é justamente o fato de não se fazer uma opção socialmente dirigida. Ou seja, o bissexual não escolhe um objeto do desejo de acordo com o que o padrão social recomenda. “São pessoas que não aprenderam a escolher ou mesmo não reduziram suas escolhas”, diz. O comportamento aceito pela sociedade é aquele em que o indivíduo aprende a gostar de um sexo apenas. Acontece que os bissexuais aprenderam a gostar de dois. O que não significa de forma alguma que essas pessoas se encaixem no estereótipo de homossexuais. “Elas não precisam se apegar a este papel”.
O sexólogo Joaquim Zaílton, também professor do departamento de Psiquiatria da PUC de Campinas, explica que muitos bissexuais se sentem homo, e outros, heteros. “Vai depender muito da auto-imagem, ou seja, um homem que transa como ativo e esteve com cinco parceiros recentemente, sendo uma mulher e quatro homens, vai se dizer hetero, por exemplo.
O sexólogo Oswaldo Rodrigues divide os bissexuais em duas categorias: os que agem por desejo e os que são assim por comportamento. Ele explica que no primeiro caso a pessoa realmente gosta dos dois sexos. Já o segundo se enquadra em um padrão social do momento, como, por exemplo, um garoto de programa, que pode ganhar dinheiro tanto se relacionando com um homem como com uma mulher. Ou seja, a categoria comportamental é uma mera questão de facilidade. Ser bissexual implica ir de encontro aos padrões E, talvez por isso mesmo, os bissexuais sofram. A sociedade pressiona a pessoa no sentido de definir seu objeto do desejo: um homem ou uma mulher.
O antropólogo Mauro Cherobim é ainda mais categórico. Para ele, tanto a bissexualidade feminina quanto a masculina são opções marginais e fortemente reprimidas. “Os heterossexuais encaram como uma forma de homossexualidade em uma sociedade extremamente homofóbica. Já os homossexuais evitam estas mulheres por considerá-las portadoras de uma homossexualidade enrustida”. (Fonte: http://listamedicos.com)
E você o que pensa sobre?!
Ângela - psicóloga e psicopedagoga, em 21/01/2013.