Quantas vezes desejamos encontrar alguém e que esse seja uma exceção à regra de homens descompromissados, fugitivos dos sentimentos! Mas essa é uma situação peculiar, às vezes preocupante, pois construímos uma figura sem defeitos ou que tenha ao menos os aceitáveis e moldamos esse homem da forma que queremos, como muitas vezes também enxergamos o que queremos ver e ter, por mais que ele nos demonstre que de príncipe não tem nada!

 

Ao passarmos da fase de dor e decepção, caímos na da revolta... e portanto passamos as indiretas, acusações, jogamos até ‘praga’ se for possível, mas entramos no misto da razão e ‘ex paixão’, aquela coisa do ódio perto do amor sabe... e isso é possível? Claro!!!!! Pois como não se deixa de gostar da noite para o dia e você não é mais o ‘objeto’ de amor daquela pessoa e nem tem mais sua atenção e sentimentos, você que ainda não conseguiu esquece-lo, o ama com dor, e quer passar a odia-lo por isso.

Aprenda: nenhum homem é perfeito. VOCÊ COMO MULHER TAMBÈM NÃO! Algumas se prendem totalmente ao tipo reverso, os homens dotados de complicações, os de defeitos declarados... mulherengos, irônicos, cínicos, rudes e safados! Ai que vem o ditado: melhor um falso príncipe ou um cafajeste sincero?

 

Particularmente, não aponto nem um nem o outro, para mim... o melhor, é aquele que te faz bem, te deixa feliz... só saiba que ninguém é inteiramente um ou outro, mas se não está sendo ferida e nem magoando alguém, se permita tentar, no entanto, consciente do que está tentando! O que tem uma diferença imensa! Além disso, você pode até achar isso sexy pra caramba ( o cara complicado), mas cuidado, hein? Não adianta passar a amar uma pessoa, depois querer muda-la, ou mesmo se faça de total vítima depois, dizendo não entender porque o parceiro é assim, mesmo sabendo bem exatamente como ele era e da real intenção que ele tinha, se fazendo de rogada depois!

Não adianta você abrir os olhos de alguém e esquecer dos seus... como pode se queixar de um perfil de homem, dizendo que é sempre desse tipo que encontra, se é desse que sempre busca?!

 

Será se você também vai querer continuar sofrendo da ‘síndrome do príncipe encantado’? Responsabilizar o outro por tudo que sente, se doar, se entregar... para depois engolir o choro, colocar o coração embaixo do braço e seguir sua vida como se não houvesse sentido? Esse é quase sempre o desfecho das mais variadas ‘histórias de amor’... mas já parou para pensar porque isso acontece?

 

Independente da idade, da maturidade, da religião, da condição social, do grau de estudos, da modernidade... MULHER GOSTA DE ROMANTISMO! E isso não é problema nenhum, até esperar tudo vir como mágica ou destino por meio de um príncipe que a salvará de sua vida, daquela rotina, das perspectivas!

 

É claro que é gostoso vivenciar novas momentos, paixões e amores! Ter um homem maravilhoso ao lado! Até ser cobrada a perfeição tão presente em filmes e novelas, mas bem diferente do que vivemos, gente de verdade é regada de defeitos, de mau humor, essa pessoa vai roncar, que chorar... nem sempre vai abrir a porta do carro, nem todo dia vai te dar colo, pessoas de ciclos rompidos, de situações e conteúdos que precisarão ser trabalhados, assim como você!

  

Então diante de qualquer situação que esteja vivendo... não tente transformar a pessoa que você quer ao seu lado no par perfeito, no príncipe encantado, as vezes um ‘sapo’ pode te fazer muito feliz. Não é se conformar com qualquer um, mas ter um olhar que transcenda o momento, a aparência, o ter ao invés de ser!  Melhor criar oportunidades que favoreçam e otimizem o tempo de ambos, do que criar expectativas que provavelmente serão quebradas, e o resultado inevitável vem a galope: a frustração!

Não afunde na carência e nem transfira seus sentimentos a qualquer pessoa, a necessidade e o querer são traiçoeiros, mas o amor próprio bem trabalhado é a certeza que estará preparada para abrir sua vida e amar alguém. Não pelo desespero de quebrar a solidão, mas de se amar sozinha e ter plenas condições de depois abrir sua vida a outro!

 

Pensem nisso! Com carinho...

 

Ângela - psicóloga e psicopedagoga , em 12/10/2013.