Clube da Afrodite
Espa ço destinado a falar da beleza natural, relacionamentos e sexualidade

Para me doar eu preciso amar, e antes de tudo que seja a mim mesmo!
Ao falar de auto-estima rapidamente vem aquela imagem em frente ao espelho demonstrando você ver algo além do que você é?! Será se o conceito quer dizer realmente isso?!
Tudo bem que precisamos buscar mudanças e claro, todos nós queremos e precisamos progredir, estar melhor do que já somos, é verdade... no entanto, autoestima é gostar de si mesmo! Isso envolve outros sentimentos, como autoconfiança, amor próprio, segurança de si... mas o simples e significado alvo do que desejo abordar nessa publicação é sim GOSTAR DE SI MESMO! Daqui a pouco explico o motivo de julgar isso imprescindível ao relacionamento, mas antes explicar o não gostar de si é importantíssimo.
Não gostar de si mesmo pode ter origem em autocríticas severas, ou seja, a própria pessoa se critica ou mesmo se pune com freqüência por não ser ou não conseguir fazer determinadas coisas. O que as vezes origina um modelo de comportamento mais pueril, isso se deve pelo que vivenciou em outros momentos, inclusive na infância onde possivelmente fosse muito criticada por qualquer erro cometido ou por nunca agradar a maioria das pessoas inclusive os pais. Por fim, essa pessoa aprendeu a se ver negativamente, alguém “menos” que os outros. E isso quase sempre proporciona uma estrutura carente ou mesmo insegura com relação a si, ao que os outros vão pensar, ao fugir de relacionamentos e quando os tem fica sempre criando causas e casos para justificar sua infantilidade, até trazer motivo de brigas e discussões para enfim assumir dois papéis, o de coitadinho, para que o parceiro/a parceira venha bajula-lo e assim se sente seguro ou de sempre estar a insistir pelo sentimento do outro, pedindo que prove o quanto lhe ama.
Assim quem também tem exagero em sua autoestima geralmente se acha melhor que todos, é presunçoso, prepotente e arrogante. Pessoa que possivelmente está tentando compensar uma inconsciente sensação de inferioridade que sente; inferioridade essa como pessoa afetiva. Afinal, uma coisa é a maturidade intelectual, cultural, outra bem diferente é a afetiva e nem sempre uma é acompanha da outra, não sabendo lidar com suas próprias emoções. Então, pode tentar compensar esta ‘incompetência psicológica’ com uma postura de exagero da autoestima.
Voltando a falar de uma autoestima em equilíbrio, que é o ideal a todo nós, quer dizer evitar os extremos de arrogância e de desconsideração consigo mesmo. Devemos aprender a lidar com os sentimentos, de modo a controla-los quando deve e não sendo controlado por ele e nem fazendo das demais pessoas um objeto em meio a tudo isso! Prejudica construir relacionamentos sinceros, leais e que haja recíproca. Não é fingir que tudo está bem, mas saber lidar com o que não está, de maneira construtiva. É um crescimento emocional!!!
A autoestima bem resolvida fará mesmo você mais capaz e disposto a se amar, para assim permitir-se algo além, como gostar de alguém e fazer com que essa pessoa perceba que é capaz de um envolvimento sincero. No sexo transmite tranquilidade, e segurança, sente-se mais a vontade para a entrega na cama, provar novas vivências íntimas!
Por isso é imprescindível, vamos cuidar de nossa autoestima queridos(as)!
Ângela – psicóloga e psicopedagoga, em 26/02/2013.